terça-feira, 26 de agosto de 2014

Se TUDO der certo, viro hippie! (e a vontade não passa!)

    Para ser bem precisa, foi no inverno de 2010 que começou essa comichão que não para mais...
         Banhava-me em alguma cachoeira de Lumiar. Tinha ido passar uns dias de férias com uma amiga e sobrinha e, desde então, vira e mexe, penso em largar tudo (?) para morar no mato. Não, não ia virar bicho grilo totalmente. Isso não! Iria continuar sendo uma funcionária pública respeitável ao manter minha matrícula na rede estadual de educação e daria minhas aulinhas de sociologia no ensino médio. Conciliaria minhas horas diárias mantendo um pequeníssimo comércio, cultivaria uma hortinha, cozinharia minhas comidinhas pseudossaudáveis e, de vez em quando, conforme a minha vontade, alimentaria meu blog. Passaria horas no facebook... Ah! Que delícia!
Comecei a achar que estava ficando meio maluca ao querer remar contra a corrente. Passei e me sentir distante das expectativas pequeno burguesas de ter um carro e investir numa “carreira de sucesso” que consiste em trabalhar, competir, consumir, ostentar, trabalhar mais... Socorro!

E aí, numa destas conspirações cósmicas inexplicáveis (será?), chegam até a mim, quase ao mesmo tempo, um texto e um filme para provar que não estou sozinha nessas reflexões “ripongas”.

O filme Chef é uma produção independente, de baixo orçamento que não escapa de alguns clichês sem, contudo, deixar de divertir. Apesar do Rubens Edward Filho ter decido o cacete em sua crítica, o filme é, no meu modestíssimo ponto de vista, comovente e delicioso – tão delicioso quanto a comida que vira personagem na trama.  Aliás, para quem gosta de culinária (chique e trash), o filme é um prato cheio!



Como não sou crítica de cinema, vou lhes poupar de resenhá-lo, mas gostaria apenas de destacar o que a película tem a ver com meu atual estado de ânimo em relação ao mundo do trabalho: o personagem principal dá uma chutada de balde bonita que lhe obriga a repensar a vida e buscar novos caminhos.

A propósito, “chutar o balde” é o tema do texto que chegou as minhas vistas dia desses, no qual compartilho o link abaixo. É preciso deixar claro que minha situação profissional e financeira não chega nem perto da realidade das pessoas citadas, mas, assim como elas, estou doida para aderir à nova modalidade esportiva chamada “balde a distância”!

Para entender, acesse Geração X está chutando o balde