Afetivamente, fiquei anos e mais anos estacionada na desconfortável zona de conforto: Um relacionamento longo e afável, porém muito morno; a inevitável dor da separação; o luto; um longo período de putaria; uma fase de romances rápidos e complicados e agora, depois de um período de pupa (repouso), a borboleta saiu do casulo e quer voar alto, muito alto.
Para facilitar o meu plano de voo, divulgo o seguinte anúncio:
Então é isso... Não quero nada
menos do que a doçura, a devoção e a proteção do vampiro Edward e o arrebatamento
apaixonado, dominador e cheio de tesão do Christian de Cinquenta Tons de Cinza. Afinal, estou fazendo um investimento emocional e físico altíssimo para me contentar com pouco.
Tá bom, tá bom! Já sou burra
velha para ficar fantasiando e acreditando em heróis românticos de livros... Portanto, se a razão me diz que não
pode ser daquela maneira, fiz uma pequena lista de critérios modestos que o candidato a
morador do meu coração (ai, que brega!) deverá preencher:
Ter idade real (e também cognitiva)
de, no mínimo 30 e, no máximo, 45 anos.
Ele já deve ter se encontrado e se
estabelecido profissionalmente, devendo, gostar do que faz, sem, contudo, ser
viciado em trabalho.
Já ter filhos, o que evitaria dele inventar de querer tê-los comigo.
Já ter saído do ninho dos pais e
que seja capaz de bancar seu próximo sustento. Aliás, não aguento mais homem
duro. Sendo assim, o candidato deverá estar na mesma faixa renda do que eu, mas,
melhor seria se estivesse acima. Cabe ressaltar que o fulano não precisará me amparar
financeiramente, contudo, de vez em quando, pagar a conta do restaurante, do
motel, do cineminha, das nossas viagens e do barzinho, faz dele um cavalheiro.
Cavalheirismo é um critério importante.
Assim como gentileza, cuidado, carinho, sensibilidade, bom humor e devoção como
a do Edward Cullen. No entanto, uma alta dose de sacanagem e depravação são
critérios inegociáveis. Ai, ai... Christian Grey!
Ah! Sim! O cara tem que gostar de
mulher, no caso, eu, é claro!
O cara tem que ter charme e
estilo, não precisando ser, necessariamente, bonito. Melhor dizendo, não quero
que seja bonitão, não. Gosto de descrição. O que me leva a outro critério:
O homem não pode ser do tipo “o cara”, ou seja, aquele que “chega chegando”, que chama atenção ou que faz de tudo para isso. Prefiro os mais tímidos e sensíveis. Mas...
O cara tem que ter atitude. Odeio
homem passivo, que deixa tudo para eu decidir e resolver. Como sou muito
impositiva, se o cara for molenga eu “trepo” (no mau sentido) e acabo deixando
vir a tona o que há de pior em mim.
Como não terei carro nem tão
cedo, o candidato deverá tê-lo, mas não ligo para marcas, modelo e ano.
O meu par tem que gostar de beber, mas a bebida não pode ocupar um lugar de destaque em nossos programas. Falando nisso, temos que ter sintonia na escolha desses. Mas isso é fácil, pois, exceto pagode, escola de samba, forró, axé, sertanejo, underground, filmes de ação, terror, suspense, comédia pastelão e afins e lugares muvucados de gente sem noção, sou aberta a novas possibilidades.
Deve ser animado para sair de casa a dois ou em grupo, mas não pode ficar irritado por ficar em casa numa sexta-feira à noite vendo um filminho. Ou seja, deverá manter um equilíbrio entre caseiro e festeiro.
Tem que ser bom na cama. Já falei
isso, né? Hummm... A repetição é proporcional ao grau de importância.
Acho que é só.
Meu sobrinho, ao
ouvir esta lista, disse que se eu colocasse os homens desta cidade, deste
estado, deste país, deste planeta num funil e o espremesse e sacudisse, não cairia um.
Mas eu sou uma romântica. Prefiro
acreditar que ele está por aí, como um "Wally". Um dia a gente se esbarra<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->.
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Inspirado no filme argentino Medianeras que assisti hoje.