sábado, 17 de dezembro de 2011

Considerações sobre tempo, idade e o envelhecimento

          Este final de semana coincidiram duas experiências que me levaram a refletir sobre o tema. Ontem participei de uma grande festa de comemoração pelos de 80 anos de um tio querido. A pista de dança - muito concorrida - uniu adultos (crianças e menores de 20 anos foram barradas) de várias gerações. A certa altura, já cansada, fui me sentar e a mim se juntou uma tia de 79 anos que soltou a seguinte sentença "acho que eu tenho comichão". Levantou-se e voltou para a pista de dança.


          Hoje fui ao cinema e assisti a maravilhosa (e envelhecida) Isabella Rossellini interpretando uma mulher que, de uma hora para outra, se dá conta de que envelheceu e tenta convencer seu marido disto também, mas ele se nega a aceitar a idade que tem. O filme LATE BLOOMERS - O AMOR NÃO TEM FIM traz uma discussão sobre "idade real" (dispensa explicações) X "idade cognitiva" (aquela que você sente que tem).



          Está explicado as minhas constantes crises de identidade com relação a idade: às vezes sinto-me como um dos meus alunos e alunas de 15 e 18 anos, às vezes como uma jovem indecisa de 25, às vezes uma mulher segura e madura de 37 anos e às vezes uma velha que se comporta como velha. 


          Mas uma coisa está certo, quando chegar a hora, quero ter a idade real e cognitiva dos meus tios e tias da festa de ontem...

Niterói, 27 de novembro de 2011.

2 comentários:

  1. Hoje, dia 13, falarei sobre envelhecimento. Legal você ter colocado novamente em evidência este post! E também estou ficando mais velhinha, né?!

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